Molho de tomate: da América para a Itália, da Itália para o mundo!
O molho de tomate é daqueles preparos versáteis e que é difícil encontrar quem não goste. Mas nem sempre foi assim. A fruta americana, que os europeus conheceram no século XVI, vai levar alguns séculos pra virar molho e entrar de vez nos cardápios do mundo. Vem com a gente conhecer essa história e aprender uma receita do século XIX!
Sauza di pommadori, da segunda edição da obra ‘La cucina teorico-pratica’ (1839), de Ippolito Cavalcanti:
“Pegue os tomates maduros, corte e retire as sementes e aquela água em que elas estão, e coloque numa caçarola, mexendo sempre para que cozinhem mais depressa; quando estiverem bem cozidos, passe-os por uma peneira e reduza esse caldo ao fogo, acrescente sal, pimenta e banha se precisar para temperar macarrão ou outra pequena massa; se, entretanto, for servido com carne cozida, ovos, frango ou peixe, você não colocará banha, mas um pouco de manteiga será bom. Feito este molho, fica excelente para refogar a aletria [que é um macarrão fininho, tipo o capellini ou cabelinho de anjo], depois, se temperar com azeite fica melhor e mais saboroso ”.
*QUANTIDADES E RECEITA MODERNIZADA
Pra esse molho napolitano e oitocentista, a gente vai precisar de:
2 kg de tomates maduros - e aqui você pode usar o ‘débora’, comum nos mercados, mas fica ainda melhor com o ‘rasteiro’ ou ‘italiano’
sal e pimenta a gosto
1 colher de sopa de banha de porco - nós aqui guardamos a gordura do bacon pra ficar mais saboroso, mas dá para usar azeite, se você for vegetariano, ou mesmo manteiga, que é uma variação que a própria receita dá.